Especialização em Fitoterapia: por que fazer?

A fitoterapia é um dos setores no mercado mundial que mais se expandiu nos últimos anos. Por este motivo a especialização em fitoterapia se tornou um ramo promissor entre os profissionais da área da saúde. Por isso, o nosso bate papo do blog de hoje é sobre esse tema! Confira o post completo abaixo! Sumário O que é a fitoterapia? Fitoterapia, uma técnica milenar que permanece até os dias atuais Fitoterapia é ciência Fitoterapia, é um dos setores que mais cresce no mercado mundial Fitoterápicos devem ser somente prescritos por profissionais que possuem especialização em fitoterapia Especialização em fitoterapia, vem se tornando essencial aos profissionais de saúde Veja 5 motivos para fazer a especialização em fitoterapia Aprofunde seu conhecimento Dúvidas frequentes O que é a Fitoterapia? A fitoterapia é um dos ramos da medicinal alternativa que estuda as funções terapêuticas das plantas e vegetais para prevenção e tratamento de doenças. Em outras palavras, a fitoterapia é uma técnica que utiliza substratos naturais para melhoria da saúde e bem estar. Funciona como uma terapia alternativa complementar e natural para ajudar o organismo humano. Profissionais da área da saúde como nutricionistas, farmacêuticos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas entre outros, podem através da especialização em fitoterapia se tornar capacitados para indicar o uso de fitoterápicos aos seus pacientes. Fitoterapia, uma técnica milenar que permanece até os dias atuais. A utilização da natureza para fins terapêuticos é tão antiga quanto a civilização humana. Historicamente, as plantas medicinais são importantes como fitoterápicos e na descoberta de novos fármacos. A terapia com medicamentos de espécies vegetais é relatada em sistemas de medicinas milenares em todo o mundo, como por exemplo: na medicina chinesa, na tibetana e na indiana-ayurvédica. O uso popular dos fitoterápicos foi propagado por séculos e descritos em diversas farmacopeias. A planta kava kava, conhecida cientificamente como Piper methysticum, por diversos séculos, nas Ilha Oceânicas, foi usada como calmante. Posteriormente, cientistas alemães comprovaram que seu extrato possui efeito benéfico junto a ansiedade. Por volta da década de 80, houve um súbito interesse da indústria farmacêutica pelas plantas medicinais. E também pela pesquisa dos extratos vegetais para o desenvolvimento de novos fármacos. Atualmente estima-se que pelo menos 25% de todos os medicamentos modernos são derivados diretamente ou indiretamente de plantas medicinais. Enquanto 50% são de origem sintética, porém relacionados a princípios isolados de plantas medicinais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as plantas medicinais são importantes instrumentos da assistência farmacêutica. O seu uso permanece como forma alternativa de tratamento em vária partes do mundo. Em alguns países como o Canadá, França, Alemanha e Itália, 70% a 90% de sua população usam os fitoterápicos como terapia de ação complementar, alternativa ou não convencional. De forma semelhante no Brasil, cerca de 82% da população utiliza produtos à base de plantas medicinais nos seus cuidados com a saúde. Seja pelo conhecimento na medicina tradicional ou pelo uso popular na medicina popular. Esse aumento pelo uso de fitoterápicos e de plantas medicinais como alternativa de tratamento complementar natural tem acarretado pelos pacientes em uma maior procura por profissionais habilitados. Desta forma, nos último anos realizar uma especialização em fitoterapia se tornou de extrema importância aos profissionais de saúde que visa ter um atendimento mais integrativo aos seus pacientes. Fitoterapia é ciência A seleção de espécies vegetais para estudo farmacológico pode ser baseada no seu uso tradicional, no conteúdo químico, toxicidade, na seleção ao acaso ou pela combinação de vários critérios. É fundamental destacar que as técnicas fitoterápicas possuem embasamento científico. Isso quer dizer que, para cada medicamento fitoterápico, há estudos que comprovam a sua eficácia, os quais detalham a atuação das substâncias químicas oriundas das plantas quando em contato com o organismo humano. O crescimento do uso de fitoterápicos deve-se à competência científica de estudar, testar e recomendar o uso de determinadas plantas para usos específicos. Fitoterapia, é um dos setores que mais cresce no mercado mundial A fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que cresceu notadamente nos últimos anos. Dois fatores poderiam explicar este aumento: •Avanços ocorridos na área científica, que permite o desenvolvimento de fitoterápicos reconhecidamente seguros e eficazes. •Crescente tendência de busca, pela população, por terapias menos agressivas. De acordo com os dados da Organização Mundial da saúde, cerca de 80% da população mundial faz uso de algum tipo de erva na busca de alívio de algumas doenças. Segundo a Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM), o setor de fitoterápicos chega a movimentar de 400 a 500 milhões de dólares por ano no Brasil. Nos últimos anos o crescimento anual do mercado mundial à base de plantas chegou a ser 7,6% ao ano. Essa expansão é tão evidente que em menos de 10 anos o mercado de fitoterápicos irá movimentar mais recursos financeiros do que a indústria de calçados. E o reconhecimento pelas pessoas sobre os benefícios das plantas medicinais é tão real, que a procura por profissionais aptos a prescrever fitoterápicos também cresceu. Nos últimos 2 anos essa procura chegou em cerca de 30%. Fitoterápicos devem ser somente prescritos por profissionais que possuem especialização em fitoterapia Apesar dos fitoterápicos serem considerados “produtos naturais”, a sua indicação e o seu uso precisam ter cautela. Há ainda diversas plantas medicinais com fins terapêuticos cujos efeitos não são bem conhecidos e seu uso indiscriminado pode ser prejudicial à saúde. Portanto, todo medicamento, inclusive os fitoterápicos devem ser usados somente sob indicação de um profissional habilitado. E por ser uma área de grande abrangência atualmente a especialização em fitoterapia se torna bastante relevante nos dias atuais. Especialização em fitoterapia, vem se tornando essencial aos profissionais de saúde A falta de conhecimento dos profissionais de saúde sobre a utilização das terapias alternativas, vem tornando a especialização em fitoterapia essencial. Diversas dúvidas quanto ao uso e indicação de fitoterápicos, inclusive fazem parte do cotidiano de muitos profissionais, tais como: •Desconhecimento de possível existência de efeitos tóxicos das plantas medicinais. •Não terem entendimento quanto a ação terapêutica •Quais são as indicações e em quais casos são contraindicados. •Conhecimentos técnicos, que vão
O que é a Fitoterapia?

O que é a Fitoterapia? Você sabe o que é a Fitoterapia? A fitoterapia é uma ciência milenar que utiliza plantas e seus substratos com a finalidade profilática e terapêutica. É uma forma de tratamento simples e natural a fim de tratar ou prevenir doenças. Através do uso de preparação de vegetais ou de seus princípios ativos que possam ser extraídos. A utilização de plantas medicinais é capaz de fornecer benefícios significativos para a saúde, além de possíveis alternativas para o tratamento de inúmeras doenças. Profissionais da área de saúde, como nutricionistas, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, cirurgiões dentistas, além de outros são capacitados em indicar o uso de fitoterápicos. Leia este artigo e conheça um pouco mais sobre a fitoterapia. Origem da palavra Fitoterapia A palavra é originada da junção de duas palavras gregas: phyton (vegetal) + therapeia (tratamento). Seu uso ganhou destaque na medicina tradicional chinesa. No Brasil, atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a possibilidade do uso de fitoterápicos como prática integrativa e complementar. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi aprovada em 2006, através do Decreto nº 5.813, de 22 de junho. Somente em 2016 a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou a 1ª edição da farmacopeia brasileira, o Memento Fitoterápico. Esse documento visa auxiliar os profissionais da área de saúde nas orientações, bem como nas indicações de plantas medicinais e fitoterápico para seus atendimentos individuais, a fim de garantir o uso adequado das mesmas. As monografias de fitoterápicos apresentados na Farmacopeia Brasileira trouxeram maior credibilidade e segurança aos prescritores e profissionais de saúde com relação ao tratamento medicamentoso com fitoterápicos. Que partes das plantas podem ser usadas na Fitoterapia? A fitoterapia é uma técnica da medicina alternativa e complementar que utiliza as plantas para o tratamento de doenças. Os princípios ativos são retirados das plantas medicinais para a produção dos remédios. A ação dos fitoterápicos decorre da natureza química das plantas medicinais, podendo ser aproveitadas suas diferentes partes. Cada planta tem princípios ativos específicos em partes também específicas. Os fitoterápicos são elaborados a partir de extratos e de concentrados de plantas medicinais de vegetais e de frutas. Os princípios ativos dos fitoterápicos podem ser encontrados nas raízes, caules, folhas, flores, frutos, caroços e sementes. Esses compostos bioativos dos fitoterápicos são os grandes responsáveis pelos efeitos terapêuticos ao organismo. São produzidos naturalmente pelas plantas, para seu próprio crescimento e desenvolvimento. Sua produção está inclusive associado a sua resistência à adversidades ambientais como mecanismo de defesa. Existem plantas que em toda a sua estrutura, fornecem princípios ativos, os quais podem ser utilizados na fitoterapia. Já em outras somente parte específica tem os princípios ativos. Portanto, na fitoterapia é importante conhecer a planta e os locais dos seus princípios ativos. É válido lembrar que os fitoterápicos para serem considerados como medicamento terapêutico, seus princípios bioativos passam por diversas etapas de segurança, como ensaios clínicos, análises. Além também de acompanhamento por instituições públicas de saúde. As possíveis formas farmacêuticas dos fitoterápicos As formas farmacêuticas comuns na fitoterapia usadas usualmente são: os extratos (líquidos ou secos), as tinturas, os óleos, as cápsulas, as ceras, os exsudatos, os sachês, os sucos, os xaropes e os supositórios. A forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada e é a porta de entrada do medicamento no organismo. O uso apropriado dessas preparações pode trazer uma série de benefícios para a saúde humana. Ajudando no combate a diferentes doenças, como as infecciosas, as disfunções metabólicas, as doenças alérgicas, aos traumas diversos e outras comorbidades. Vantagens e desvantagens do uso de fitoterápicos Há diversos benefícios decorrente do uso da fitoterapia. Esta compreendem também, de uma forma mais abrangente, uma possível mudança no estilo de vida do paciente, com alternativas terapêuticas mais naturais. Dentre as inúmeras vantagens para o uso de fitoterápicos, destaca-se o seu preço que costuma ser menor do que os medicamentos alopáticos. E também sua ação que geralmente é menos agressiva ao organismo, causando menor número de efeitos colaterais. Portanto, os fitoterápicos podem oferecer um tratamento eficaz e com menor efeitos adversos no caso de algumas patologias, como problemas gástricos e a ansiedade. Como desvantagens, podemos destacar que as plantas podem conter substâncias tóxicas, substâncias alergênicas, sofrer contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados. Além disso pode interagir com outras medicações. Embora seja um tratamento natural, o uso incorreto de plantas medicinais pode sim, desencadear alguns efeitos colaterais, tais como: enjoos, alergias e até mesmo intoxicações quando utilizado de forma exagerada. Logo, apesar da fitoterapia ser um tratamento natural ela também pode ser prejudicial à saúde se não empregada corretamente. Não é porque é natural que não faz mal. Dependendo da forma de extração, o fitoterápico pode perder sua ação e/ou agir de forma contrária, causando danos à saúde. O uso de fitoterapia não deve ser realizado sem orientação de um profissional. Além disso, há poucas evidências científicas acerca de sua segurança em gestantes, em lactantes e nas crianças pequenas. Por isso, muita cautela no seu uso no grupo materno-infantil. Fitoterapia e medicamentos fitoterápicos Os medicamentos fitoterápicos são preparações que contêm exclusivamente material vegetal. A eficácia dos medicamentos fitoterápicos é testada em ensaios clínicos muito semelhantes aos das drogas sintéticas. No entanto, existem alguns problemas metodológicos e logísticos. Para vários medicamentos fitoterápicos, a eficácia foi estabelecida. Entretanto, para muitos outros, os ensaios clínicos randomizados e controlados não foram ainda realizados, havendo o seu uso tradicional. Muitos consumidores acreditam que os medicamentos fitoterápicos são seguros por serem naturais, e é uma simplificação perigosa. A comercialização de produtos fitoterápicos é regulada pela Anvisa. Para receber autorização de venda de produtos fitoterápicos, é necessária a apresentação de um dossiê contendo documentos e informações requeridos pela Anvisa. Alguns pontos necessários para a comercialização são: Controle de qualidade Boas práticas de fabricação Validação de métodos analíticos Estudo de estabilidade. O uso excessivo de plantas medicinais tem mostrado não ser tão seguro quanto frequentemente se afirma. Portanto, pode ser prejudicial tomar medicamentos fitoterápicos sem conhecer os seus potenciais efeitos adversos.
Toxicidade de fitoterápicos e das plantas medicinais

A maioria dos indivíduos desconhece o fato sobre a toxicidade de fitoterápicos e plantas medicinais. Apesar de serem conhecidos popularmente devido aos seus diversos usos terapêuticos. Um dos principais problemas relacionados ao uso indiscriminado de tais produtos é a ideia de como são considerados naturais não fazem mal. Grande parte dos usuários excluem a possibilidade de haver algum tipo de toxicidade de fitoterápicos e plantas medicinais. Desconhecendo o fato que uma planta pode causar malefícios à saúde. Venha, neste artigo, entender um pouco mais sobre as possíveis toxicidade de fitoterápicos e plantas medicinais. Tipos de efeitos adversos dos fitoterápicos A maior parte dos fitoterápicos e das plantas medicinais utilizadas pela população ainda não possuem uma análise rigorosa de perfil toxicológico e farmacodinâmico bem definidos. A toxicidade de fitoterápicos, os efeitos adversos associados ao seu e também das plantas medicinais podem ser classificados em intrínsecos e extrínsecos. As reações intrínsecas são aquelas relacionadas à ação farmacológica do fitoterápico. Podem ser do tipo A, quando houver toxicidade previsível, overdose ou interação com outros fármacos ou do tipo B, no caso de reações peculiares. Já as reações extrínsecas são ocasionadas pelas falhas durante o processo de produção. Como a falta de padronização, a contaminação, a adulteração, a preparação ou a estocagem incorreta e/ou a rotulagem inapropriada. Fitoterápicos e controle de qualidade Existem muitos produtos fitoterápicos disponíveis no mercado que são de baixa qualidade. Isso decorre do fato desses produtos não terem sua qualidade testada antes da sua comercialização. Alguns contêm menor quantidade ou até mesmo não contêm os princípios ativos. Isso pode ser exemplificado como resultado da identificação incorreta da planta pelo coletor, ou ainda, pelo uso de adulterante em vez da planta original. Pode ser citado também o armazenamento impróprio da droga vegetal que perde sua eficácia. Às vezes, os produtos à base de plantas medicinais contêm material não definido no rótulo. Como material não vegetal, minerais, metais pesados e adição de determinado produto farmacêutico. Ocasionalmente, eles podem conter ainda toxinas e pesticidas. Isso o torna muito mais perigoso e é uma das principais razões de preocupação em relação a toxicidade de fitoterápicos e das plantas medicinais. Fitoterápicos e sua interação com medicamentos Os produtos naturais são uma mistura de fito-constituintes, ao contrário das drogas convencionais. Normalmente, a quantidade e a qualidade da substância bioativa das plantas medicinais variam. Dependem da parte da planta utilizada, dos fatores ambientais, do método de coleta e das condições de armazenamento. O uso das plantas medicinais como medicamento está se tornando cada vez mais popular. Portanto, é necessário investigar e revisar a interação entre a planta medicinal e a medicação alopática que a pessoa está utilizando. Deve-se ter muito cuidado com a toxicidade de fitoterápicos e plantas medicinais. Pois certos suplementos podem causar efeitos colaterais perigosos quando tomados com certos medicamentos. Além disso, a natureza complexa de um produto natural aumenta a dificuldade de se estudar e determinar as interações plantas medicinais-medicamentos. Os dados oriundos de estudos experimentais e farmacodinâmicos podem dar indicações de potenciais interações entre fármacos. Toxicidade de fitoterápicos e plantas medicinais. Os possíveis danos pelo seu uso O desconhecimento por parte da população acerca dos efeitos colaterais e secundários. Bem como a respeito da toxicidade de fitoterápicos e das plantas medicinais utilizadas com frequência em preparações fitoterápicas pode ocasionar sérias consequências. De acordo com Efferth e Kaina, a identificação botânica ou a rotulagem incorreta da planta vegetal pode desempenhar um importante papel nas reações tóxicas em humanos. Por isso é importante a verificação dos rótulos dos fitoterápicos que devem ser vistoriados se possuem o selo da autoridade reguladora e a data de validade. Um destaque também deve ser dado para o fato de que algumas descrições das plantas medicinais utilizadas nas medicinas tradicionais (por exemplo, medicina tradicional chinesa) mudaram com o tempo. Portanto, o consumo sem orientação por um profissional de saúde habilitado para prescrição pode provocar efeitos adversos oriundo da toxicidade de fitoterápicos de forma não intencional pelo uso de plantas erradas. Outro problema é a contaminação das plantas medicinais por microrganismos, por toxinas fúngicas como a aflatoxina, por pesticidas ou por metais pesados. Por isso, é importante escolher o local em que se adquire as plantas medicinais e os fitoterápicos. Sabe-se também que o processamento não profissional, que difere da preparação tradicional segura, representa outra fonte potencial de intoxicação por plantas medicinais. Logo, não se recomenda uso das “garrafadas” cujo conteúdo e forma de preparo são desconhecidos. Efeitos indesejáveis de toxicidade de fitoterápicos ou quaisquer produtos à base de plantas também podem ocorrer. Pela interação das plantas medicinais com os medicamentos convencionais após a ingestão concomitante. A toxicidade de fitoterápicos ou qualquer substância, incluindo plantas medicinais e até alimentos, depende muito da quantidade ou dose utilizada. Uma substância atóxica pode ser tóxica se utilizada em uma dose alta, e uma substância muito tóxica pode ser considerada segura se a dose for muito baixa. Considerações Finais Dessa forma, é necessário orientar todos os pacientes acerca da importância de informar ao profissional prescritor caso haja uso de medicamentos alopáticos, a fim de evitar possíveis interações. Por isso, o uso de plantas medicinais e de fitoterápicos deve ser realizado com o acompanhamento de um profissional prescritor devidamente capacitado para o seu manejo. Quer conhecer mais sobre nossos cursos de pós-graduação em nutrição? Visite o nosso site e saiba mais detalhes sobre cada um deles. O PratiEnsino tem o propósito em oferecer conhecimentos práticos e uma visão integrativa para a formação de profissionais da área da saúde por meio da educação à distância Venha fazer parte do #TimeMentesBrilhantes que estão conosco para cumprir essa missão. Referência CAMPOS, S.C.; SILVA, C.G.; CAMPANA, P.R.V.; ALMEIDA, V.L. Toxicidade de espécies vegetais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. v.18, n.1, p.373-382, 2016. NAYEEM, N.; FATIMA, N. Toxic Effects as a Result of Herbal Medicine Intake. Toxicology – New Aspects to This Scientific Conundrum. 2016. Efferth, T.; Kaina, B. Toxicities by Herbal Medicines with Emphasis to Traditional Chinese Medicine. Current Drug Metabolism. v.12, n.10, p.989-996, 2011.
Forma farmacêutica de fitoterápicos

A forma farmacêutica de fitoterápicos é o estado final de apresentação da planta e de seu respectivo princípio ativo, que facilita a sua administração, além de promover o efeito terapêutico desejado. O desenvolvimento de forma farmacêutica de fitoterápicos envolve a realização preliminar dos estudos de pré-formulação. Para que sejam reunidas informações sobre as características físicas, químicas e mecânicas dos fitoterápicos da formulação. Dessa forma, a formulação é caracterizada pelo estado físico de apresentação. E constituída por componentes farmacologicamente ativos e adjuvantes farmacêuticos. Escolha da forma farmacêutica Para escolher a forma farmacêutica ou apresentação medicamentosa mais indicada, deve-se considerar as características da planta em si e seu extrato. Além também da indicação e a categoria de insumos disponíveis na região. E o prescritor deve adequar a formulação às necessidades do indivíduo e sua realidade. Algumas plantas permitem a utilização sob mais de uma forma farmacêutica. Portanto, ao prescrever um fitoterápico, é imprescindível ter atenção quanto a escolha da forma farmacêutica mais adequada ao efeito terapêutico esperado. Farmácias magistrais podem dispor de tinturas e extratos em geral, que podem ser prescritos puros ou ainda compor diversas formulações. Entre elas pode-se citar: xaropes, cremes, géis, pomadas, cápsulas ou comprimidos. Infusões, decocções, banhos e compressas podem ser obtidos a partir da planta fresca ou droga vegetal. Já os fitoterápicos industrializados podem fornecer extratos padronizados e constância de ativos. Forma farmacêutica de fitoterápicos As formas farmacêuticas de fitoterápicos mais comuns são: – Pó: obtida após a estabilização, secagem, trituração e tamisação da droga. Pode ser usado na preparação de chás ou adicionado à alimentação. Não se deve confundir nem substituir essa forma obtida diretamente da planta seca com o extrato seco; – Tintura: solução alcoólica ou hidroalcóolica dos constituintes químicos solúveis das drogas secas, em que o processo extrativo ocorre à temperatura ambiente. A tintura deve ser guardada em recipientes bem fechados, protegida da ação da luz e de temperatura superior ou inferior à média ambiente; – Extratos: obtidos por um ou mais dos processos extrativos (digestão, maceração, percolação, turbolização, dentre outras). Se diferem das tinturas na concentração e na intervenção do calor, que se faz para a extração propriamente dita e/ou para a concentração do extrato até que atinja a concentração ou consistência desejada. Os extratos podem ser classificados como ordinários ou fluidos, de acordo com a concentração em que se apresentem. Podem ser aplicáveis somente às drogas que possuam princípios ativos não voláteis e nem termolábeis; – Chás: podem ser obtidos pela extração quente com água e devem ser preparadas para uso imediato a partir de plantas frescas ou secas. Dependendo da parte da planta utilizada e de seus constituintes ativos, os chás podem ser preparados por infusão ou por decocção; – Óleos essenciais: obtidos por processos extrativos diferenciados. Tais como arraste a vapor, extração em fluido supercrítico, além de processos tradicionais como coobação e enfleurage. – Alcoolatura: obtida a partir da planta em seu estado fresco. Utiliza os mesmos processos da preparação das tinturas; – Extratos glicólicos: onde se empregam glicóis (majoritariamente o propilenoglicol) em conjunto com a água e, por vezes, há a utilização de álcool como líquido extrator. Costumam ser usados em produtos cosméticos onde a presença de álcool possa vir a causar prejuízos para a forma cosmética ou para o paciente; – Resinas: são exsudatos secos obtidos das plantas; – Xaropes: solução de açúcar com elevada concentração, próxima à saturação. Dessa forma, seus componentes fornecem uma moderada/elevada viscosidade e densidade ao produto; – Elixir: soluções hidroalcóolicas edulcoradas destinadas ao uso oral; –Pomadas: são preparações semissólidas destinadas ao uso externo. Devem ser prontamente espalháveis e sua viscosidade plástica pode ser controlada por modificações em sua formulação. As bases para pomadas podem ser do tipo oleaginosa e de absorção; – Pastas: são formas semissólidas carregadas de sólidos insolúveis com teor acima de 40% p/p e podem ser do tipo hidrofílica ou hidrofóbica; – Cremes: emulsões de água em óleo que são insolúveis e não laváveis em água, porém podem absorvê-la devido à sua fase interna aquosa. Também podem ser emulsões de óleo em água que possuam fase interna insolúvel em água, porém são laváveis e absorvem água; – Géis: têm como veículo uma dispersão de polímero com água e álcool, resultando num meio de elevada viscosidade, criando uma consistência gelatinosa. Podem ser destinados para uso sobre mucosas e a pele, para ação hidratante e refrescante, além de atingir sua ação medicamentosa; – Cápsulas: obtidas pela deposição ordenada da droga seca, triturada e tamisada ou de extratos secos em cápsulas gelatinosas duras, ou ainda pelo encapsulamento de líquidos ou semissólidos de natureza lipofílica em cápsulas gelatinosas moles; – Comprimidos: obtidos por compressão, sendo a forma e tamanho definidos pela indústria, e empregando o ferramental adequado. Costumam ser revestidos com filme opaco para mascarar a cor, sabor e odor dos constituintes, além de protegê-los da exposição à luz e umidade; – Supositórios e óvulos: formas sólidas que devem ser utilizadas de modo a serem introduzidas nas cavidades corporais, respectivamente reto e vagina, onde devem liberar o conteúdo ativo para exercer efeito local ou sistêmico. Considerações finais A forma farmacêutica têm como finalidade, facilitar a administração do medicamento fitoterápico. A forma farmacêutica se relaciona à via de administração a qual será utilizada e é a porta de entrada do medicamento no organismo. Algumas plantas permitem a utilização de mais de uma forma farmacêutica. Por isso, ao prescrever um fitoterápico, é necessário que haja atenção quanto a escolha mais adequada ao efeito terapêutico desejado. Dentre os inúmeros fatores que justificam a necessidade da criação de mais normas e regulamentos acerca da área de plantas medicinais e fitoterápicos. Pode-se citar o potencial e as oportunidades que o Brasil pode oferecer para o crescimento do ramo, como a rica biodiversidade e tecnologia para desenvolvimento de medicamentos próprios da flora brasileira. Quer conhecer mais sobre nossos cursos de pós-graduação em nutrição? Visite o nosso site e saiba mais detalhes sobre cada um deles. O PratiEnsino tem o propósito em oferecer conhecimentos práticos e uma visão integrativa para