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O que é a Fitoterapia?

O que é a Fitoterapia?

Você sabe o que é a Fitoterapia? A fitoterapia é uma ciência milenar que utiliza plantas e seus substratos com a finalidade profilática e terapêutica. 

É uma forma de tratamento simples e natural a fim de tratar ou prevenir doenças. Através do uso de preparação de vegetais ou de seus princípios ativos que possam ser extraídos. 

A utilização de plantas medicinais é capaz de fornecer benefícios significativos para a saúde, além de possíveis alternativas para o tratamento de inúmeras doenças.

Profissionais da área de saúde, como nutricionistas, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, cirurgiões dentistas, além de outros são capacitados em indicar o uso de fitoterápicos. Leia este artigo e conheça um pouco mais sobre a fitoterapia.

O que é a Fitoterapia?

Origem da palavra Fitoterapia

A palavra é originada da junção de duas palavras gregas: phyton (vegetal) + therapeia (tratamento). Seu uso ganhou destaque na medicina tradicional chinesa.

No Brasil, atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a possibilidade do uso de fitoterápicos como prática integrativa e complementar. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi aprovada em 2006, através do Decreto nº 5.813, de 22 de junho.

Somente em 2016 a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou a 1ª edição da farmacopeia brasileira, o Memento Fitoterápico.

Esse documento visa auxiliar os profissionais da área de saúde nas orientações, bem como nas indicações de plantas medicinais e fitoterápico para seus atendimentos individuais, a fim de garantir o uso adequado das mesmas.

As monografias de fitoterápicos apresentados na Farmacopeia Brasileira trouxeram maior credibilidade e segurança aos prescritores e profissionais de saúde com relação ao tratamento medicamentoso com fitoterápicos.

Que partes das plantas podem ser usadas na Fitoterapia?

A fitoterapia é uma técnica da medicina alternativa e complementar que utiliza as plantas para o tratamento de doenças. Os princípios ativos são retirados das plantas medicinais para a produção dos remédios.

A ação dos fitoterápicos decorre da natureza química das plantas medicinais, podendo ser aproveitadas suas diferentes partes. Cada planta tem princípios ativos específicos em partes também específicas.

Os fitoterápicos são elaborados a partir de extratos e de concentrados de plantas medicinais de vegetais e de frutas. 

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Os princípios ativos dos fitoterápicos podem ser encontrados nas raízes, caules, folhas, flores, frutos, caroços e sementes.

Esses compostos bioativos dos fitoterápicos são os grandes responsáveis pelos efeitos terapêuticos ao organismo. São produzidos naturalmente pelas plantas, para seu próprio crescimento e desenvolvimento. Sua produção está inclusive associado a sua resistência à adversidades ambientais como mecanismo de defesa.

Existem plantas que em toda a sua estrutura, fornecem princípios ativos, os quais podem ser utilizados na fitoterapia. Já em outras somente parte específica tem os princípios ativos.

Portanto, na fitoterapia é importante conhecer a planta e os locais dos seus princípios ativos.

Uso de fitoterápicos na gestação
Fonte: Pexels

É válido lembrar que os fitoterápicos para serem considerados como medicamento terapêutico, seus princípios bioativos passam por diversas etapas de segurança, como ensaios clínicos, análises. Além também  de acompanhamento por instituições públicas de saúde.

As possíveis formas farmacêuticas dos fitoterápicos

As formas farmacêuticas comuns na fitoterapia usadas usualmente são: os extratos (líquidos ou secos), as tinturas, os óleos, as cápsulas, as ceras, os exsudatos, os sachês, os sucos, os xaropes e os supositórios

A forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada e é a porta de entrada do medicamento no organismo. 

O uso apropriado dessas preparações pode trazer uma série de benefícios para a saúde humana. Ajudando no combate a diferentes doenças, como as infecciosas, as disfunções metabólicas, as doenças alérgicas, aos traumas diversos e outras comorbidades.

Vantagens e desvantagens do uso de fitoterápicos

Há diversos benefícios decorrente do uso da fitoterapia. Esta compreendem também, de uma forma mais abrangente, uma possível mudança no estilo de vida do paciente, com alternativas terapêuticas mais naturais. 

Dentre as inúmeras vantagens para o uso de fitoterápicos, destaca-se o seu preço que costuma ser menor do que os medicamentos alopáticos. E também sua ação que  geralmente é menos agressiva ao organismo, causando menor número de efeitos colaterais

Portanto, os fitoterápicos podem oferecer um tratamento eficaz e com menor efeitos adversos no caso de algumas patologias, como problemas gástricos e a ansiedade. 

Como desvantagens, podemos destacar que as plantas podem conter substâncias tóxicas, substâncias alergênicas, sofrer contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados. Além disso pode interagir com outras medicações

 

Embora seja um tratamento natural, o uso incorreto de plantas medicinais pode sim, desencadear alguns efeitos colaterais, tais como: enjoos, alergias e até mesmo intoxicações quando utilizado de forma exagerada.

Logo, apesar da fitoterapia ser um tratamento natural ela também pode ser prejudicial à saúde se não empregada corretamente. Não é porque é natural que não faz mal. 

Dependendo da forma de extração, o fitoterápico pode perder sua ação e/ou agir de forma contrária, causando danos à saúde. 

O uso de fitoterapia não deve ser realizado sem orientação de um profissional.

Além disso, há poucas evidências científicas acerca de sua segurança em gestantes, em lactantes e nas crianças pequenas. Por isso, muita cautela no seu uso no grupo materno-infantil.

Fitoterapia e medicamentos fitoterápicos

Os medicamentos fitoterápicos são preparações que contêm exclusivamente material vegetal

A eficácia dos medicamentos fitoterápicos é testada em ensaios clínicos muito semelhantes aos das drogas sintéticas. No entanto, existem alguns problemas metodológicos e logísticos. 

Para vários medicamentos fitoterápicos, a eficácia foi estabelecida. Entretanto, para muitos outros, os ensaios clínicos randomizados e controlados não foram ainda realizados, havendo o seu uso tradicional.

Muitos consumidores acreditam que os medicamentos fitoterápicos são seguros por serem naturais, e é uma simplificação perigosa. 

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A comercialização de produtos fitoterápicos é regulada pela Anvisa. Para receber autorização de venda de produtos fitoterápicos, é necessária a apresentação de um dossiê contendo documentos e informações requeridos pela Anvisa.

Alguns pontos necessários para a comercialização são:

  • Controle de qualidade
  • Boas práticas de fabricação
  • Validação de métodos analíticos
  • Estudo de estabilidade.

O uso excessivo de plantas medicinais tem mostrado não ser tão seguro quanto frequentemente se afirma. Portanto, pode ser prejudicial tomar medicamentos fitoterápicos sem conhecer os seus potenciais efeitos adversos. 

Por isso, é necessário que haja um sistema de vigilância abrangente para monitorar os efeitos adversos dos medicamentos fitoterápicos.

Considerações Finais

A fitoterapia é uma importante ferramenta para a prática clínica. Como todo medicamento, o fitoterápico deve ser utilizado sob supervisão e acompanhamento de um profissional de saúde habilitado.

As políticas públicas instituídas são importantes para possibilitar o acesso de toda a população brasileira às práticas fitoterápicas e a padronização da mesma.

 O profissional de saúde com especialização em fitoterapia saberá fazer uma prescrição consciente e adequada, garantindo a observância da individualidade biológica

Conclui-se que, para aconselhar os consumidores de forma responsável, é necessário conhecer profundamente os fitoterápicos, suas especificidades e as formas adequadas de utilização. 

O manejo correto de fitoterápicos pode, além de garantir segurança terapêutica, promover um tratamento mais natural, saudável e eficaz para os pacientes assistidos.

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Referências Bibliográficas

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Memento fitoterápico: farmacopéia brasileira. Brasília, DF: Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2016.

CAMPOS, S.C.; SILVA, C.G.; CAMPANA, P.R.V.; ALMEIDA, V.L. Toxicidade de espécies vegetais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. v.18, n.1, p.373-382, 2016.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n° 971, de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial União. 4 maio 2006.

NAYEEM, N.; FATIMA, N. Toxic Effects as a Result of Herbal Medicine Intake. Toxicology – New Aspects to This Scientific Conundrum. 2016.

Oshiro MC et al.Registro e prescrição de fitoterápicos no Brasil. Vigil. sanit. debate 2016;4(4):116-122

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